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Suzano faz captação com menor taxa da história

Negócios e Mercado | Mercado | 20.11.2020




Suzano faz captação com menor taxa da história no Brasil para títulos com prazo de dez anos 

Yield da operação é de 3,100% a.a., abaixo da taxa de 3,950% a.a. obtida em setembro 
 
A Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, realiza nesta semana a emissão de títulos de longo prazo com a menor taxa já obtida na história por uma empresa brasileira para vencimentos com prazo de dez anos. A captação lançada e precificada nesta segunda-feira (16) atraiu uma demanda total de US$ 2 bilhões, ou 4 vezes o tamanho da operação, de US$ 500 milhões, com um retorno ao investidor (yield) de 3,100% ao ano. Em setembro, a companhia havia realizado operação semelhante e captado US$ 750 milhões com um yield de 3,950% ao ano. 
O título com vencimento em 15 de janeiro de 2031 tem como característica vincular o custo do recurso oferecido pelos investidores ao cumprimento da meta ambiental assumida pela Suzano de reduzir a intensidade de emissões de gases de efeito estufa. No mercado internacional, estes títulos são chamados de Sustainability-Linked Bonds em função da conexão entre o modelo da emissão e o desempenho ESG (ambiental, social e de governança corporativa, na sigla em inglês). 
A Suzano foi a segunda empresa do mundo, e a primeira companhia das Américas, a emitir esses títulos. A importância do componente ESG fica clara quando se observa que, desde sua emissão em setembro, os investidores têm aceitado receber um juro menor por esse título do que pelo bond 2030 da Suzano. Na prática, isso significa que o componente de sustentabilidade reduziu o custo de captação da Suzano. 
A meta escolhida para ser um balizador dos primeiros Sustainability-Linked Bonds emitidos pela Suzano prevê a redução em 15% do total de emissões próprias, chamadas de escopo 1, e aquelas advindas de compra de energia, ou escopo 2, entre 2015 e 2030. Esse desempenho será divulgado anualmente, sendo que em 2025 a Suzano precisará alcançar um resultado intermediário relativo a uma redução estimada de 11%. Caso a companhia não atinja essa meta, o valor de remuneração aos investidores detentores dos títulos com vencimento em 2031 será acrescido de uma taxa predeterminada. 
"Ao alcançarmos a menor taxa da história para emissões de bonds com prazo de dez anos, comprovamos que o mercado global está cada vez mais atento às questões ESG e a como as empresas se comprometem a contribuir, de forma efetiva e transparente, para um mundo mais sustentável", afirma Marcelo Bacci, Diretor Executivo de Finanças e Relações com Investidores da Suzano. "Precificarmos esta transação abaixo do que hoje é o custo do bond 2030 é uma evidência concreta da confiança que os investidores possuem na capacidade da Suzano de reduzir sua emissão específica de gases de efeito estufa conforme meta de desempenho definida no título. Uma mensagem, portanto, muito positiva, que nos motiva a buscar novas oportunidades no futuro no âmbito das finanças sustentáveis", complementa o executivo. 
O objetivo de reduzir emissões até 2030 faz parte do conjunto de metas de longo prazo anunciado pela Suzano no início deste ano. Elas podem ser acessadas no endereço http://centraldeindicadores.suzano.com.br/metas-longo-prazo/. 
 
Sobre a Suzano 
 A Suzano, empresa resultante da fusão entre a Suzano Papel e Celulose e a Fibria, tem o compromisso de ser referência global no uso sustentável de recursos naturais. Líder mundial na fabricação de celulose de eucalipto e uma das maiores fabricantes de papéis da América Latina, a companhia exporta para mais de 80 países e, a partir de seus produtos, está presente na vida de mais de 2 bilhões de pessoas. Com operações de dez fábricas, além da joint operation Veracel, possui capacidade instalada de 10,9 milhões de toneladas de celulose de mercado e 1,4 milhão de toneladas de papéis por ano. A Suzano tem mais de 35 mil colaboradores diretos e indiretos e investe há mais de 90 anos em soluções inovadoras a partir do plantio de eucalipto, as quais permitam a substituição de matérias-primas de origem fóssil por fontes de origem renovável. A companhia possui os mais elevados níveis de Governança Corporativa da B3, no Brasil, e da New York Stock Exchange (NYSE), nos Estados Unidos, mercados onde suas ações são negociadas.